O prefeito Cícero Lucena demontrou tranquilidade e disse querer apuração rigorosa, ao comentar nesta sexta-feira (3), sobre a Operação da Polícia Federal que cumpriu mandados de prisão, busca e apreensão nas Secretarias de Saúde, Direitos Humanos e Cidadania e na Emlur do município.
Cicero Lucena destacou medidas tomadas pela prefeitura de João Pessoa, desde o ano passado, para evitar contratação de pessoas envolvidas com práticas criminosas, como a exigência de certidão negativa criminal dos contratados e defendeu apuração rigorosa e punição aos eventuais responsáveis. Em relação à secretaria de Saúde, Janine Lucena, filha do prefeito, ser alvo de busca e apreensão, Cícero justificou que ela recebeu uma ligação de dentro de um presídio e por ser uma pessoa pública, atendeu sem saber de onde estava sendo feita e por quem.
“Foi em função de ter uma ligação do presídio para seu telefone. Ela é uma mulher pública, se você ligar, ela lhe atende. Ela recebeu uma ligação que poderia ter sido sua (repórter) dentro do presídio. Como ela ia adivinhar se você estava me entrevistando ou numa cela?. Estou muito tranquilo e quero que a polícia apure se, eventualmente, houver servidores do município com alguma culpa que sejam responsabilizados. Nós, inclusive, já determinamos que seja apurado com efetividade”, pontuou.
Sobre explorações política do caso por parte dos adversários, o prefeito disse que tem a consciência tranquila em relação as acusações que devem vir. “Já fui vítima de outra acusações e Deus me deu a oportunidade de provar minha inocência. O que me alimenta é minha fé e tranquilidade. Quanto as adversários quererem aproveitar isso, tem gente que não tem caráter e aproveita”, finalizou.
A Operação
A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (03/05), a Operação Mandare, em ação articulada com a Polícia Militar do Estado da Paraíba.
A referida ação tem por objetivo desarticular e aprofundar a coleta de elementos de prova acerca de um grupo criminoso que atua em João Pessoa/PB e região metropolitana.
A investigação teve início após se observar a intensa movimentação financeira do grupo investigado, uma vez que eles se valeriam de pessoas interpostas para operacionalizar valores referentes às atividades criminosas, especialmente o tráfico de drogas.
No decorrer da investigação, foi observado que um preso do sistema penitenciário estadual, o qual tem posição de liderança em organização criminosa, articulou a obtenção de vantagens em órgão público, notadamente cargos, e em contrapartida oferecia apoio a agentes públicos para adentrarem em comunidades controladas ou que sofrem forte influência do crime.
Estão sendo cumpridos 18 mandados judiciais, sendo sete de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão, além do bloqueio em contas bancárias. Cerca de 44 policiais federais e 40 policiais militares participam das diligências.
A ação policial teve o apoio de dados de inteligência e de análise fornecidos pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado na Paraíba, a qual é composta pela Polícia Civil, Polícia Federal, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria Nacional de Políticas Penais – SENAPPEN, Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social da Paraíba e Secretaria de Estado da Administração Penitenciária da Paraíba.