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Megaoperação desmonta esquema de R$ 23 bi do PCC com setor de combustíveis e fintechs

A Polícia Federal e a Receita Federal realizam nesta quinta-feira duas operações contra esquemas de lavagem de dinheiro no setor de combustíveis que teriam realizado movimentações ilícitas na casa dos R$ 23 bilhões, informou a corporação.

Em uma das operações, denominada Quasar, agentes cumprem 12 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Campinas e Ribeirão Preto. A investigação apura um esquema, com indícios de participação de facções criminosas, em que a suposta organização criminosa utilizava fundos de investimento para ocultar patrimônio de origem ilícita.

“A estrutura criminosa operava por meio de múltiplas camadas societárias e financeiras, nas quais fundos de investimento detinham participação em outros fundos ou empresas. Essa teia complexa dificultava a identificação dos verdadeiros beneficiários e tinha como principal finalidade a blindagem patrimonial e a ocultação da origem dos recursos”, disse a PF.

“Entre as estratégias utilizadas estavam transações simuladas de compra e venda de ativos – como imóveis e títulos – entre empresas do mesmo grupo, sem propósito econômico real.”

De acordo com a corporação, a Justiça autorizou o sequestro integral de fundos de investimento utilizados para movimentação ilícita, além do bloqueio de bens e valores até o limite de cerca de R$ 1,2 bilhão, valor correspondente às autuações fiscais já realizadas. Também foi determinado o afastamento dos sigilos bancário e fiscal de pessoas físicas e jurídicas envolvidas.

Na outra operação, batizada de Tank, a PF afirma ter desarticulado uma das maiores redes de lavagem de dinheiro já identificada no Paraná. O grupo teria movimentado, desde 2019, R$ 23 bilhões e lavado mais de R$ 600 milhões por meio de uma rede composta por centenas de empresas, incluindo postos de combustíveis, distribuidoras, holdings, empresas de cobrança e instituições de pagamento autorizadas pelo Banco Central, de acordo com a corporação.

“As investigações também revelaram práticas de fraude na comercialização de combustíveis, como adulteração de gasolina e a chamada ‘bomba baixa’, em que o volume abastecido é inferior ao indicado. Pelo menos 46 postos de combustíveis em Curitiba estavam envolvidos nessas práticas”, disse a PF.

“Estão sendo cumpridos 14 mandados de prisão e 42 de busca e apreensão nos Estados do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. Foram bloqueados bens e valores de 41 pessoas físicas e 255 jurídicas, totalizando uma constrição patrimonial superior a R$ 1 bilhão.”

Os ministros da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e da Fazenda, Fernando Haddad, concederão entrevista à imprensa nesta manhã em Brasília, ao lado do diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e da subsecretária de fiscalização da Receita Federal, Andrea Costa Chaves, para detalhar as duas operações.

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