Ícone da televisão brasileira, Silvio Santos morreu neste sábado (17), aos 93 anos, em São Paulo. O apresentador e empresário estava internado no hospital Albert Einstein, na capital paulista. A morte de Silvio Santos foi confirmada pelo SBT nas redes sociais.
Silvio foi um dos apresentadores mais carismáticos da história da televisão do país, criando programas de auditório que fazem parte da cultura popular do brasileiro.
Batizado como Senor Abravanel, ele transformou o SBT em uma das maiores emissoras de televisão do Brasil, além de construir um grupo empresarial com negócios em diversos setores.
Internação
Em 18 de julho, o SBT divulgou uma nota informando a internação de Silvio Santos, dizendo que o empresário estava com H1N1.
“Ele está sendo medicado no hospital e está bem. Agradecemos o carinho de todos.”, dizia o comunicado. Em 20 de julho ele foi liberado.
No entanto, o apresentador voltou a ser internado em 1º de agosto para fazer exames de imagem, segundo a assessoria do SBT.
De camelô a bilionário
Silvio fundou o SBT (sigla para Sistema Brasileiro de Televisão) em 1981 e a rede de TV se tornou a terceira maior do Brasil. Neste ponto de sua vida, no entanto, o apresentador já era um empresário consagrado. Senor Abravanel nasceu em 12 de dezembro de 1930 no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro. Era filho de dois imigrantes judeus do antigo Império Otomano: o pai, Alberto, veio de uma região que hoje faz parte da Grécia, e a mãe, Rebecca, de uma cidade que atualmente está na Turquia.
Quando adolescente, Silvio trabalhava como vendedor ambulante nas ruas do Rio de Janeiro. Ainda jovem, foi convidado para ser locutor na Rádio Guanabara, mas logo voltou a trabalhar como ambulante, porque faturava mais. Sílvio também teve uma breve passagem no Exército brasileiro, aos 18 anos. Para fazer uma renda extra, atuava de locutor em uma rádio de Niterói.
Aos 20 anos, Silvio se mudou para São Paulo, onde trabalhava apresentando espetáculos e sorteios em caravanas de artistas. Nesta época, acabou se formando como técnico em contabilidade, mas decidiu seguir na carreira artística, conseguindo uma nova vaga como locutor de rádio na Rádio Nacional de São Paulo.
Em 1958, Silvio percebeu uma oportunidade nos negócios de seu amigo, Manoel da Nóbrega: o Baú da Felicidade. O amigo estava com dificuldades de administrar a empresa de venda de brinquedos e pediu a ajuda de Silvio, que não demorou muito para assumir total controle da empresa. De lá para cá tornou-se um dos mais importantes nomes da comunicação no país.