O proprietário do circo instalado na comunidade Boa Esperança, no bairro do Cristo, em João Pessoa, José Carlos da Silva (conhecido como Palhaço Pipoquinha), negou, na tarde desta sexta-feira (15), que tenha sofrido ameaças do crime organizado para que não realizasse uma plenário do deputado e pré-candidato a prefeito, Ruy Carneiro.
O deputado federal e candidato a prefeito de João Pessoa Ruy Carneiro denunciou, nessa quinta-feira (15), ter sido impedido de realizar campanha eleitoral no bairro do Cristo Redentor, na Capital. Segundo o parlamentar, integrantes de uma facção criminosa teriam ordenado para que uma plenária cultural liderada por ele fosse encerrada. Com a ameaça, o candidato registrou um boletim de ocorrência na Cidade da Polícia da Capital ao lado da candidata a vice-prefeita Amanda de Melo (MDB).
José Carlos explicou que após tomar conhecimento de que seu espaço tinha sido alugado para um evento político não aceitou.
“Quero esclarecer que eu estou aqui em João Pessoa, em todos os bairros, e eu vivo da cultura, eu vivo do circo, entendeu? Não cedo meu espaço para política, até porque eu não vivo de política, não acompanho política, a verdade o que eu acompanho é o circo, o mundo do circo. Infelizmente a pessoa me procurou, que eu não conhecia quem era, e perguntou se eu alugava um espetáculo, um espaço. Eu disse que sim, entramos no acordo, me pagou tudo bem, só que de última hora eu fiquei sabendo que era um plenário político, e eu não posso aceitar um plenário político, até porque eu sou da culturae não posso me envolver em política”, explicou.
O palhaço também negou que tenha sido ameaçado por uma facção, supostamente responsável por comandar o tráfico de drogas na região.
“Eu dependo de todos os bairros, dependo de todas as cidades, e eu só quero dizer que aqui no Cristo, eu sempre fui bem recebido, pela terceira vez estou aqui, muito bem recebido. Pelo povo, pela comunidade, entendeu? E outra coisa, facção nenhuma chegou me ameaçando de que ia me matar e que ia queimar o meu circo”, declarou.
José Carlos classificiou o episódio como fake news: “Simplesmente foi um mal entendido e o pessoal que veio, principalmente o nosso amigo Ruy, que iria fazer a plenário e eu disse que não podia, não podia porque ia me prejudicar, porque o circo é uma cultura, é a casa da cultura, não uma casa política. Aí infelizmente eu não aceitei e pegou esses áudios, é um fake, não sei como é que é acontece, poerque não existiu. Diz que as pessoas da facção vei aqui, deu 24 horas para o circo sair, que não existiu. É tanto que o circo está armado aqui, estou com minha família, muito bem recebido, muito tranquilo e ninguém está vindo aqui ameaçar o circo e nem queimar e nem para tirar o circo”, finalizou.