A Polícia Federal decidiu indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro por três crimes no inquérito que apura a venda de joias recebidas por ele quando ocupava a Presidência da República. A investigação foi concluída e enviada ao Poder Judiciário nesta quinta-feira (4/7). As investigações conduzidas nos últimos meses apontam pela participação ativa do político nos atos que culminaram no transporte e na comercialização dos itens preciosos nos Estados Unidos, informaram fontes consultadas pela reportagem. O relatório integra um processo judicial físico, que só deve ser protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF) amanhã (5).
Bolsonaro foi indiciado por “apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio”, por associação criminosa e por lavagem de dinheiro.
A corporação finalizou o relatório final sobre a situação e incluiu a descoberta de uma nova joia, levada aos EUA para ser comercializada. Além de Bolsonaro, foram indiciados o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o pai dele, Mauro Cesar Cid, os advogados Frederick Wassef e Fabio Wajngarten, entre outros.
O documento será enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decide, então, se apresenta ou não denúncia no STF. A previsão é de que o caso seja concluído nas próximas duas semanas, podendo ser apresentado a qualquer momento.